The Walking Dead: novas séries ainda têm grande problema

The Walking Dead durou por mais de uma década. Mesmo terminando, a franquia parece não ter previsão de um final derradeiro. E isso é ruim.

The Walking Dead

De acordo com o presidente da AMC, Dan McDermott, a franquia The Walking Dead está se concentrando em quanto é a “quantidade certa” de conteúdo após o final da série principal.

Apesar de sua jornada de 11 temporadas, a história ainda não acabou. Alguns dos personagens mais importantes e populares da franquia retornarão para spin-offs separados a partir de 2023. E haverá pelo menos três novas histórias para o público acompanhar.

Se as temporadas recentes da série já estavam sendo criticadas pelo ritmo mais lento e pelas decisões divisivas da história, continuar a franquia além da série principal é arriscado. Mesmo assim, a popularidade de TWD nunca desapareceu de forma completa, especialmente para personagens amados como Rick, Michonne e Daryl.

Dito isto, três novas histórias da franquia podem ser demais para o público, pois isso corre o risco de superaquecer a franquia com sobrecarga de conteúdo.

Imagem: divulgação/AMC

Os spin-offs arriscam a fadiga da franquia

Enquanto The Walking Dead não é estranho aos spin-offs, o fato de que o final da série está levando a três novos programas corre o risco de fadiga da franquia.

O programa principal será seguido por três spin-offs, todos com suas próprias narrativas separadas e conjunto de personagens. Mas, em vez de um final real, o fim de TWD estava mais próximo de um piloto secreto para todos os spin-offs que estrearão nos próximos anos.

Dado que a própria série inicial já estava lutando com a repetição e o cansaço do gênero pós-apocalíptico, continuar esse mundo com três novas séries é arriscado. Não importa o quão icônicos personagens como Rick, Michonne, Daryl, Maggie e Negan sejam para a franquia.

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Um dos maiores problemas de TWD foi durar várias temporadas com 16 episódios ou mais cada, apesar de não ter tantos eventos importantes para cobrir. O ritmo lento, especialmente após a introdução de Negan e a morte de Glenn, fez com que a série perdesse muito de seu ímpeto. Isso torna os três novos spin-offs ainda mais arriscados.

Todavia, é verdade que o final de The Walking Dead deixa espaço para novas histórias começarem do zero. Além disso, haverá menos conteúdo sendo exibido em comparação com quando TWD, Fear the Walking Dead e World Beyond foram ao ar simultaneamente. No entanto, isso por si só não significa que a fadiga da franquia será evitada.

Imagem: divulgação/AMC

Quantas horas de conteúdo de TWD podem ir ao ar em 2023

Dead City, um spin-off seguindo Maggie e Negan, e Daryl Dixon estrearão em 2023. Fear the Walking Dead também exibirá sua oitava e última temporada em 2023. O spin-off de Rick e Michonne, por outro lado, deve estrear apenas em 2024.

Dado que Dead City e Daryl Dixon terão 6 episódios, e que a 8ª temporada de Fear the Walking Dead terá 12 episódios, a franquia exibirá 24 horas de conteúdo em 2023. Isso é inferior às 42 horas de conteúdo anual que os projetos anteriores entregaram no passado.

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Apesar de Fear the Walking Dead terminar em 2023, 2024 poderá ver um número semelhante de horas de conteúdo da franquia em comparação com 2023. Se Dead City e Daryl Dixon retornarem para a segunda temporada em 2024, além da possibilidade de um Tales of the Walking, também pode ter 24 horas de conteúdo. Já que a série de Rick e Michonne deve ter 6 episódios.

Como tal, apenas em termos de números, a franquia está de fato reduzindo sua presença na TV. Ao menos em comparação com a primeira vez que teve dois ou mais programas sendo exibidos simultaneamente.

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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