The Walking Dead: Daryl Dixon | 2×05 não funcionou muito bem

O episódio 5 da 2ª temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon tenta manter o ritmo frenético e a emoção que marcaram o capítulo anterior, mas, infelizmente, não consegue alcançar a mesma intensidade. Embora traga momentos emocionantes e importantes para a trama, como o arco de Carol e a redenção de Codron, o episódio sofre com a pressa em encerrar várias linhas narrativas, o que enfraquece seu impacto.

Retorno a Paris e Resolução Apressada de Conflitos

O episódio leva o público de volta a Paris, revisitando locais e personagens marcantes da primeira temporada, como o clube Demimonde e a comunidade nos telhados. Essa jornada por lugares familiares cria uma sensação de nostalgia, mas também transmite a ideia de que a série está tentando amarrar todas as pontas soltas antes do final da temporada. O problema é que, com apenas mais um episódio pela frente, a pressa em concluir esses arcos parece apressada demais.

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Codron (Romain Levi), um antigo antagonista que se transformou em aliado, finalmente ganha mais destaque. Sua cena com Laurent (Louis Puech Scigliuzzi), onde é perdoado por seus erros passados, é tocante, mas chega tarde demais na narrativa. Codron teve poucos momentos de desenvolvimento ao longo da temporada, e explorar sua redenção apenas no penúltimo episódio parece uma oportunidade desperdiçada.

Um Novo Vilão, Uma Ameaça Rápida Demais

Após a morte de Genet (Anne Charrier) no episódio anterior, Losang (Joel de la Fuente) parecia destinado a ser o grande vilão para o restante da temporada e, possivelmente, para a próxima. No entanto, sua morte rápida e sem impacto no episódio 5 deixa claro que a série está se apressando para fechar arcos de forma conveniente.

Com a eliminação de Losang, a série se vê sem nenhum antagonista significativo, o que enfraquece o senso de urgência que foi construído até aqui. Se Genet teve tempo de ser uma presença ameaçadora por uma temporada e meia, Losang é descartado de maneira muito abrupta. Sendo assim, não há tempo para que o público sinta o peso de sua ameaça. O roteiro parecia ter um potencial maior para explorar esses vilões, mas optou por resoluções rápidas e sem profundidade.

A Confissão de Carol e Suas Consequências em The Walking Dead: Daryl Dixon

Carol (Melissa McBride) tem um momento crucial neste episódio, ao finalmente confessar para Ash (Manish Dayal) a verdade sobre sua filha Sophia e a manipulação que utilizou para convencê-lo a ajudá-la. A cena é intensa, e Ash reage de forma compreensivelmente furiosa, destacando o peso das mentiras de Carol. A atuação de Dayal brilha aqui, transmitindo a dor e a decepção de maneira convincente.

No entanto, a série parece inclinada a poupar Carol das consequências de suas ações. Apesar da gravidade da situação, Ash acaba admitindo que essa jornada ajudou-o a lidar com seu próprio luto, o que suaviza a culpa de Carol. Com apenas mais um episódio na temporada, é improvável que esse conflito se prolongue ou tenha maiores repercussões, o que enfraquece a construção dramática do episódio.

Ação e Zumbis: Finalmente, um Momento de Destaque

Embora a 2ª temporada de Daryl Dixon tenha focado mais nos dramas pessoais e nas lutas contra grupos rivais, o episódio 5 finalmente traz um momento digno dos dias clássicos de The Walking Dead. Daryl e Carol enfrentam uma horda de zumbis e usam o soro especial de Genet para transformar alguns dos mortos-vivos em variantes superpoderosas.

A sequência é engenhosa, filmada de dentro de um carro. Nela temos sangue e pedaços de zumbis se espalhando pelas janelas enquanto as variantes destroem os outros caminhantes. A tensão é palpável quando os superzumbis invadem o veículo, forçando Daryl e Carol a lutarem por suas vidas. Mesmo sem mostrar explicitamente as variantes em ação (provavelmente por limitações de orçamento), o estrago deixado para trás é o suficiente para dar uma ideia da carnificina.

Conclusão: Pressa em Resolver a 2ª Temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon

O episódio 5 de The Walking Dead: Daryl Dixon sofre por tentar encerrar muitos arcos de forma apressada, sem dar tempo para que os conflitos e personagens se desenvolvam plenamente. Embora tenha seus momentos de brilho, especialmente nas cenas de ação e na performance de Manish Dayal, a sensação geral é de que a série está se apressando para fechar a temporada.

Resta esperar que o episódio final consiga amarrar as pontas restantes de maneira satisfatório. Tudo, ao mesmo tempo que prepara o terreno para uma possível terceira temporada que explore melhor o que foi deixado em aberto.