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The Boys: confira as diferenças entre as HQs e a série do Amazon Prime Video

Confira o que mudou na série The Boys em relação as HQs originais da trama.

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Título conhecido nos quadrinhos está fazendo sucesso no Amazon

The Boys, a mais nova série do Amazon Prime Video, está conquistando a internet. A trama, inspirada nos quadrinhos de Garth Ennis e Darick Robertson, que é dividida em 12 volumes. Na trama, Billy Butcher e sua gangue de excêntricos combatentes de super-heróis, ganham muitos seguidores graças à visão em comum sobre o mal que os “deuses” fazem para a Terra. Na série de TV, a trama segue a mesma inspiração, apesar de apresentar algumas divergências.

As primeiras edições da série foram publicadas pela DC Comics, através de sua linha editorial Wildstorm. Já o restante da série veio a ser publicado pela Dynamite Entertainment, entre 2006 e 2012.

Agora, o Mix de Séries separou as principais diferenças entre os dois meios, visual e textual. Confira…

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Fidelidade

Apesar de não ser uma “reprodução”, quadro por quadro, a série de TV é bastante fiel ao material gráfico. Ela captura exatamente o mesmo espírito rebelde, humor satírico e tendências ultra-violentas do material fonte. O arco geral da história da série de TV também é diretamente influenciado pelos gibis, embora com desvios consideráveis no estilo de adaptações como The Walking Dead e Preacher.

Sem dúvida, o núcleo de The Boys é retirado diretamente dos quadrinhos, mas ainda há muitas diferenças entre as duas versões. Enquanto algumas mudanças foram feitas para melhor adequar-se ao meio televisivo, outras servem para acelerar elementos importantes da trama principal ou adicionar uma inclinação mais contemporânea em eventos importantes. Algumas das alterações, no entanto, não são tão fáceis de entender ou justificar.

A mudança dos membros de The Boys

A formação dos The Boys como uma unidade de combate a combatentes do crime reflete de perto a história em quadrinhos. Em ambas, Butcher recruta Hughie após a morte de sua namorada para depois reunir seus antigos companheiros. A junção nas HQs foi consideravelmente mais amigável do que na série de TV. No entanto, Frenchie ficou encantado ao ver Billy novamente, ao invés de exigir que o inglês pagasse suas dívidas.

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Quanto aos próprios garotos, a interpretação de Karl Urban como Butcher é muito próxima dos gibis, com o impetuoso charme, o amor a palavrões e um lado suave muito bem escondido. O maior desvio no personagem, entretanto, é a ausência de Terror, seu amado buldogue obcecado por sexo. Mas a série do Amazon faz vários acenos a ele, incluindo um bicho de pelúcia na parte de trás do carro de Butcher. Outro pequeno detalhe que escapou na TV é a relação insinuada entre Butcher e a diretora da CIA, Rayner. Nos quadrinhos, um caso sexual entre os dois é meticulosamente detalhado.

O outro protagonista de The Boys, Hughie Campbell, também permanece relativamente inalterado. Tanto o pai interpretado por Simon Pegg quanto o vendedor de produtos eletrônicos de Jack Quaid são representados como caras cotidianos nada notáveis que nunca mostraram desejo de lutar ou de se aventurarem. Com isso dito, a herança escocesa de Hughie foi descartada em favor de um pano de fundo americano verdadeiro, e o interesse dos quadrinhos de Hughie por teorias da conspiração foi substituído por um amor pela música e pelos super-heróis. Isso, presumivelmente, para tornar o personagem mais compreensível.

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Formação dos The Boys nas HQs. Imagem: Amazon

Os outros membros do grupo…

Leitinho também é pouco mudado entre as duas versões de The Boys, permanecendo a voz da razão no grupo. A única grande alteração relacionada ao personagem de Laz Alonso é sua filha, que nas histórias em quadrinhos já é uma adolescente. Por outro lado, Frenchie de Tomer Kapon foi modificado consideravelmente. O Frenchie dos quadrinhos é um louco e em grande parte incoerente. Já o Frenchie da série é um criminoso de rua com muito mais mentalidade, um comportamento mais calmo e um coração mais compassivo e romântico. Isso contribui para uma personalidade bem mais arredondada.

No entanto, a personagem que realmente tem grandes mudanças é a The Female, que na série é chamada de Kimiko. A adaptação da Amazon tratou de fazer uma espécie de origem, a colocando ainda conhecendo o restante do grupo. Entretanto, nos quadrinhos, ela já possui uma relação extensiva com Butcher.

Leia também: Crítica – The Boys é uma das melhores e mais relevantes séries do ano

O sexto membro – não oficial – de The Boys é Mallory e, mais uma vez, esse número é consideravelmente alterado na série de TV. Introduzida no final da temporada, Mallory é uma ex-agente da CIA que originalmente juntou-se a The Boys, mas que agora tem um atrito com Butcher. A morte dos netos de Mallory nas mãos de Lamplighter é um ponto importante de discórdia entre o grupo. Nos quadrinhos, Mallory é do sexo masculino, introduzido em um estágio muito posterior e as mortes de seus netos não são tão prejudiciais para os relacionamentos dos rapazes um com o outro.

As características dos Sete

A diferença mais visível na versão para TV de The Boys é a adição (temporária) de Translúcido, que substitui Jack de Júpiter. Como Translúcido, Jack é um dos super-heróis menos detestáveis nos Sete, mas, com uma pegada do Marciano da DC, suas origens alienígenas, talvez, não seriam bem adaptadas no live-action. Outra mudança que ajuda The Boys a se sentir mais fundamentada é a substituição da Sky Base dos Sete por um arranha-céu genérico na cidade.

O Capitão Pátria de Antony Starr é uma versão incrivelmente fiel do personagem original, embora a série de TV acrescente mais profundidade e nuance à sua maldade estratificada. Além disso, joga ainda mais pesado nas questões parentais do super-herói. Como revelado no final da temporada, parece que o herói foi realmente responsável pelo estupro da esposa de Butcher. Enquanto isso nos quadrinhos, o verdadeiro culpado se revela ser Black Noir. Da mesma forma, os personagens Rainha Maeve e Trem Bala não são alterados, apesar de que suas histórias paralelas como a vida romântica de Maeve e os relacionamentos do Trem Bala com seu irmão e Popclaw são diferentes.

Os Sete na versão da TV. Imagem: Amazon/Divulgação

Mudanças sentidas 

Talvez a mudança mais notável venha com a versão do Profundo, de Chase Crawford. Nas HQ’s, The Deep é um personagem misterioso que raramente remove seu capacete de mergulho. Porém, na série, o personagem é retratado como um vaidoso caçador de glórias obcecado por mídias sociais e encontros casuais. Um traço principal que permanece, no entanto, é a capacidade constante de personagem se fazer de bobo. Isso é destacado em live-action pelas tentativas hilariantes do herói de tentar libertar criaturas marinhas do cativeiro. Isso culmina com o personagem em sessões de terapia para abordar seu complexo de inferioridade – em si um aceno para a inutilidade percebida do Aquaman na Liga da Justiça.

Já Luz-Estelar é bastante fiel em termos de retratar seus poderes. No entanto, seu desenvolvimento em The Boys é muito mais rápido na TV do que nos quadrinhos. No final da 1ª temporada, Starlight tornou-se uma versão mais madura e independente de si mesma. Também começou um relacionamento com Hughie, largou-o e depois se reuniu com ele. Embora essas inclusões sejam retiradas das histórias em quadrinhos, elas ocorrem em volumes posteriores, com o desenvolvimento acelerado provavelmente projetado para evitar que Starlight seja retratado como um personagem fraco. Além disso, o assédio sexual é alterado. Nas HQs, Capitão Pátria, Trem-Bala e Black Noir comentem o ato, enquanto na série coube a Profundo realizá-lo. A resolução e justiça quanto o caso também é feita de forma rápida.

A diferença na condução da história das HQ’s e na série

Algumas coisas são mudadas na adaptação de The Boys para a TV. Entre os destaques, está a importância dada ao Composto V pela série de TV. Na trama, ela está envolvida com a origem dos poderes dos heróis, e é também a causa da morte de Robin pelas mãos do Trem Bala. Na versão gráfica, Robin é morta quando Trem Bala joga um vilão em cima dela, durante uma luta. Assim, nas HQ’s, apenas é revelado que ela é a fonte dos poderes dos heróis sem muito destaque para o composto.

Curiosamente, a temporada apresenta o Composto V como uma substância totalmente maligna, e Butcher nunca se deparou com a droga em suas aventuras anteriores. Nos quadrinhos, no entanto, todos os The Boys usam o Composto V como forma de se tornarem fortes o suficiente para competir com os “supes” em pé de igualdade. Talvez, isso venha a ser explorado na temporada 2.

A série apresenta o grupo titular como uma roupa muito mais amadora que o primeiro volume dos quadrinhos. Mas isso é algo que também poderá ser mudado na segunda temporada. A Vought American também ganha um destaque muito grande na série, sendo claramente a vilã da atração. Nas HQs, porém, ela não avança muito em termos de aprofundamento da empresa. Não sabemos como isso continuará na segunda temporada.

Imagem: Amazon/Divulgação

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Há também uma mudança na forma como Hughie encara sua primeira morte, do Translúcido na série para um herói chamado Blarney Cock. Na ocasião, também, ele usa o composto V. Entretanto, as consequências são as mesmas.

Outras mudanças são sentidas, mas nada que altere a trama principal. Elas, no entanto, são compreendidas uma vez que se trata de uma série de TV. Mas os fãs podem ficar aliviados, pois a essência da obra continua intacta no Amazon.

Confira o trailer abaixo

Com informações: Screen Rant
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Sobre o autor
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Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.

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