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Outer Range: vale a pena assistir a série?

Outer Range é a nova aposta da Amazon Prime Video. Mistura de faroeste, ficção e suspense, a série promete conquistar os fãs de mistérios.

Outer Range
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Tem acontecido algo curioso nestes primeiros meses de 2022. Duas das séries mais surpreendentes deste ano vêm de escritores que nunca escreveram um filme ou série na carreira. Tanto Ruptura quanto Outer Range são criadas por sujeitos sem experiência, mas ideias boas na cabeça. No caso de Outer Range, da Prime Video, Brian Watkins faz uma mistura interessante. Aqui, Yellowstone encontra A Chegada em uma curiosa mescla de faroeste moderno e ficção científica contemplativa. O resultado é uma das coisas mais intrigantes e envolventes do momento.

Por não ter créditos no currículo, Watkins tem a liberdade de fazer o que quiser com sua primeira série. E nós, enquanto público, não sabemos o que esperar. Não conhecemos seu estilo e não podemos prever o que ele fará. Assim, acompanhar Outer Range é uma experiência cada vez mais rara na TV. Em uma época que sabemos quase tudo previamente, o show da Amazon é um frescor justamente por sua imprevisibilidade. Logo, acompanhar cada desdobramento é empolgante. Não sabemos o que acontecerá no próximo minuto. Não temos explicação para nada. E assim, perdidos, embarcamos numa loucura desavergonhada que pouco vimos desde os tempos de Lost.

A história de Outer Range

Na trama acompanhamos Royal Abott e sua família em um rancho de Wyoming, Estados Unidos. Responsáveis pela terra há três gerações, os Abotts lutam diariamente para manter a honra e o espaço, num conflito constante contra os ricos e políticos locais. Enquanto cavalga pelos acres de terra, Royal faz uma descoberta assustadora e inacreditável. Um enorme buraco, vazio e sem fim, surge incólume no chão. Não sei sabe para onde vai o que cai lá, e na superfície há uma névoa estranha, misturada com poeira e mistério.

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Royal mantém segredo sobre a descoberta. Ele retorna para casa e segue a vida. É então que seus filhos se envolvem em uma encrenca e precisam de ajuda. De repente, o buraco parece útil, nem que seja para esconder algo. Royal, então, se rende ao vazio. Enquanto está lá, na beira do buraco durante a noite, ele é descoberto por uma estranha moça. Ela é a única que sabe da existência do fenômeno e logo se torna uma um problema – ou uma salvação – para Abott.

Vale a pena assistir Outer Range?

Apesar de investir na linha misteriosa de Lost, que quase nos cansou nos anos 2000, Outer Range tem um frescor revigorante. Para começar, a série segue a linha Stephen King, exibindo pessoas normais em situações extremas. O toque sobrenatural cai bem, principalmente por não ser o centro da narrativa. O elemento fantástico, portanto, está presente, mas é apenas um ponto dentro de um quadro maior. A existência do vazio tem quase o mesmo peso da trama envolvendo a briga pelas terras locais. Assim, ao não fazer uma série sobre uma coisa sobrenatural, mas com algo sobrenatural, Outer Range se sobressai.

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Para completar, a série faz uma porção de perguntas que deve fazer os teóricos arrancarem os cabelos. Ao contrário de Lost e Servant, por exemplo, Outer Range tenta responder alguns questionamentos com rapidez. Ou pelo menos dar alguns sinais claros do que está acontecendo. Assim, a grande reviravolta do final do primeiro episódio é resolvida já no início do segundo. Logo, apesar de alguns pontos obscuros, o roteiro tenta iluminar alguns caminhos para que a audiência tenha uma recompensa.

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Desta forma, vale a pena assistir Outer Range. Misteriosa, bem dirigida e com ótimo elenco, a série propõe uma série de mistérios, mas não deixa o espectador completamente no escuro. Assim, a experiência não é frustrante. Além disso, as possibilidades são empolgantes: o buraco é alienígena? É uma experiência humana? É um portal no tempo ou para outra dimensão? Qualquer resposta parece divertida e garante o nosso retorno para o capítulo seguinte.

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Sobre o autor
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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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