NCIS Origins será mais sombria e pesada que a série original

NCIS: Origins trará uma nova versão de Gibbs e do cotidiano de investigações. Mais pesada e sombria, nova série terá outra abordagem.

NCIS Origins

NCIS: Origins promete ser uma jornada intrigante e sombria pelos primeiros anos de Gibbs e da Agência de Investigação Naval (NIS), que mais tarde se tornaria o famoso NCIS.

Com showrunners David J. North e Gina Lucita Monreal à frente do projeto, a série busca explorar um capítulo menos conhecido da vida de Leroy Jethro Gibbs. Assim, oferecendo uma perspectiva muito mais sombria e crua do que a série original.

Mark Harmon retorna brevemente para reprisar seu papel como Gibbs, agora aposentado, relembrando seu passado. No entanto, será Austin Stowell quem interpretará o jovem Gibbs, nos anos 90. Enquanto isso, Kyle Schmid assume o papel de Mike Franks, mentor de Gibbs, originalmente vivido por Muse Watson.

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A diferenças entre Origins e NCIS

A grande diferença de NCIS: Origins em relação à série principal reside no tom. North e Monreal destacam que a série prequel terá um visual e uma narrativa mais “pesados”, refletindo a realidade de um jovem Gibbs lidando com um período turbulento de sua vida.

A série se passa logo após Gibbs ter perdido sua esposa Shannon e sua filha Kelly, assassinadas por um cartel de drogas. Este trauma, mencionado várias vezes ao longo da série original, será o pano de fundo emocional para Gibbs na nova série.

David J. North explicou que eles queriam criar algo visualmente distinto: “Queríamos um visual que remetesse aos anos 90, mas que também fosse atual.” A direção de Niels Arden Oplev e a cinematografia de Kevin McKnight foram elogiadas por conseguirem capturar essa estética.

Além disso, Monreal destacou a condição precária da NIS na época, longe de ser uma agência bem financiada e organizada como é retratada na série original. “É tudo muito bagunçado e subfinanciado”, ela explicou, o que torna o ambiente mais desafiador e autêntico.

Um Gibbs mais sombrio e introspectivo

O contexto escolhido para NCIS: Origins é de um período muito específico e emocionalmente carregado para Gibbs. Em 1991, ele ainda estava profundamente abalado pela perda de sua família e pelas circunstâncias que o levaram a deixar os fuzileiros navais.

Isso se reflete diretamente no tom da série, que será significativamente mais sombrio do que a série original. Diferente do Gibbs maduro e experiente que conhecemos em NCIS, o Gibbs de Origins ainda está lidando com a dor e a raiva, o que deve dar à série uma profundidade emocional diferente.

A escolha de ambientar a série logo após a Operação Tempestade no Deserto também carrega peso, uma vez que esse conflito militar moldou muitas das decisões de Gibbs e o levou a seu trabalho na NIS. Essa fase de sua vida, ainda pouco explorada, permitirá aos roteiristas expandirem sua personalidade e mostrar como ele se tornou o agente icônico que conhecemos.

Desafios e Fracassos

Enquanto NCIS mostrou uma equipe coesa e bem-sucedida trabalhando dentro de uma organização já estabelecida, NCIS: Origins retratará um Gibbs jovem e sua equipe lidando com limitações financeiras e falta de experiência.

Essa abordagem abre espaço para histórias de aprendizado, onde os erros podem ser mais frequentes e as dificuldades mais visíveis. Os desafios enfrentados pelos agentes da NIS nessa época devem criar uma atmosfera de maior vulnerabilidade e imprevisibilidade.

Ao contrário do Gibbs calculista e firme que lidera com confiança em NCIS, o Gibbs jovem de Origins terá que provar a si mesmo, tanto para seus colegas quanto para seus superiores. Essa falta de estrutura e o ambiente “subfinanciado e desorganizado” trarão uma dinâmica completamente nova para a série.

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.