Filmes indicados ao Oscar 2023, do pior ao melhor

Assistimos a todos os filmes do Oscar 2023 e fizemos um ranking, listando os títulos do pior ao melhor. Qual o seu favorito?

Oscar 2023

O Oscar 2023 está mais perto do que nunca e, como é tradição, assistimos a todos os filmes da edição. São mais de 50 títulos que passaram pela nossa avaliação. Hoje, listamos os filmes do pior ao melhor, mas com um detalhe: estão presentes todos os filmes, menos os curtas e documentários.

Os Fabelmans – ou O Nascimento de uma Lenda

1 – Os Fabelmans

Steven Spielberg é o maior diretor vivo. Apesar disso, tem apenas dois Oscar de Direção e UM (!) de Melhor Filme. Se o mundo fosse justo e o Oscar fizesse sentido, o gênio de Hollywood levaria mais um no próximo domingo.

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2 – Tar

Todd Field poderia se debruçar na atuação impecável de Cate Blanchett e deixar Tar depender apenas disso. Mas o diretor capricha no roteiro e na direção, impedindo que seu filme seja apenas um veículo para uma ótima atuação. É cinema de primeira grandeza.

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3 – Babilônia

É possível que, no futuro, todos lembrem de Babilônia com mais respeito. Talvez até o considerem como um dos grandes filmes deste ano. O fato é que, ao lado de Fabelmans, é um retrato emocionante revigorante do Cinema. O mais curioso é que é uma leitura diametralmente oposta à de Spielberg. Mas igualmente valiosa.

4 – Os Banshees de Inisherin

Martin McDonagh é mestre em fazer humor de situações tristes, violentas ou puramente desoladoras. Em Os Banshees de Inisherin ele dá um passo além. E os resultados são impecáveis.

5 – Avatar: O Caminho da Água

Nunca duvide de James Cameron. Quem duvidou ou o criticou acabou vendo o cineasta lucrando mais de 2 bilhões nas bilheterias. De novo. Agora, o Top 3 de filmes mais lucrativos da história tem DOIS filmes dele. O Top 5 tem TRÊS.

6 – Triângulo da Tristeza

Vencedor da Palma de Ouro em Cannes, Triângulo da Tristeza é mais um ótimo título do subgênero “ricos sofrendo”. E este é um dos exemplares mais divertidos do pacote. Longe de ser sutil, o filme é absurdo puro. E, por isso, bem próximo da realidade.

7 – Close

Na ausência da obra-prima Decisão de Partir, Close é o melhor indicado na categoria de Filme Internacional do Oscar 2023. Deve perder para Nada de Novo no Front, mas fez um belíssimo trabalho com jovens atores. Além de uma história doce e sensível.

8 – Aftersun

Aftersun é poderoso porque fica com o espectador por um longo tempo depois que acaba. Faz repensar a juventude e as relações com nossos pais. Faz enxergar novas perspectivas e possibilidades. Atuação incrível de Paul Mescal, que vem despontando como uma das melhores novidades dos últimos anos.

9 – Pinóquio

Só um dos melhores diretores da atualidade para pegar uma história batida como Pinóquio e transformá-la em algo legitimamente espetacular. Visualmente irretocável, ainda catalisa as melhores batidas de uma história que, no fim, ainda podia surpreender.

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Batman chega ao Oscar novamente

10 – Batman

Apesar de ter abocanhado algumas indicações, Batman de Matt Reeves merecia mais no Oscar 2023. No mínimo uma lembrança em Melhor Fotografia, ou mesmo Trilha Sonora. Pode sair de mãos vazias, mesmo engolindo toda e qualquer produção da DC e Marvel dos últimos anos.

11 – Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo – o favorito ao Oscar 2023

O queridinho da temporada deve levar os principais prêmios do Oscar 2023. Merece? Não, mas ainda é um bom filme. Deve se tornar um embaraço para os fãs e a Academia no futuro, mas por agora é uma fita divertida e bem intencionada.

12 – Top Gun: Maverick

O filme que salvou a indústria chega na festa com pinta de descolado. Vai ser o Rei do Baile, mesmo não levando o prêmio de Melhor Estudante. Ele não tem o Oscar, mas tem o povo.

13 – Nada de Novo no Front

Em outros tempos, épocas mais conservadoras, Nada de Novo no Front poderia levar a categoria principal do Oscar. Os votantes gostaram, tanto que o indicaram a diversas categorias. Não é TUDO isso, mas é uma baita filme de guerra.

14 – Elvis

Baz Luhrmann é o cineasta do macro, do over, do “mais é mais”. Quando focado, pode produzir bons momentos e filmes memoráveis. Elvis é um ponto alto em sua carreira, e pode garantir um Oscar ao protagonista, Austin Butler.

15 – A Baleia

Darren Aronofsky tem construído uma carreira baseada em extremos. Mãe, Noé, Fonte da Vida e até mesmo títulos mais antigos e elogiados como Réquiem Para um Sonho e O Lutador dividem o público. Alguns amam, outros odeiam. A Baleia parece ir no mesmo sentido.

O polêmico “A Baleia” divide o público

16 – Argentina, 1985

Os vizinhos emplacaram outra indicação com o ótimo Argentina, 1985. É um exemplo para o Brasil, que insiste em fechar os olhos para histórias reais de grande potencial. É um ótimo drama jurídico, um excelente suspense e mais uma vitrine para Ricardo Darin.

17 – Gato de Botas 2: O Último Desejo

Investindo no estilo de animação alavancado por Aranhaverso, Gato de Botas 2 surpreende pela profundidade de seus dilemas. Debatendo medo e morte com sinceridade e sem rodeios, o filme é uma graça. Pena ter estreado no ano de Pinóquio.

18 – Glass Onion

Rian Johnson domina a arte do mistério e Glass Onion é mais uma prova de sua habilidade enquanto contador de histórias. Divertido e absurdo na mesma medida, é uma espécie de primo de Triangulo da Tristeza.

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19 – Entre Mulheres

Ainda que possua atuações magistrais, Entre Mulheres esgota seu argumento muito cedo. Um dos maiores problemas aqui é que a discussão central é muito clara, o que tira o peso dos argumentos. Só uma decisão é a correta, o que enfraquece a oposição. De todo modo, é um drama poderoso.

20 – Marcel – The Shell with the Shoes on

Quando Guillermo Del Toro afirma que a animação é um meio digno de contar histórias, tanto quanto qualquer outro, ele tem razão. Todos os indicados deste ano lidam com temas complexos, muitas vezes pesados, que atingem o público de forma coesa. Marcel talvez estique demais uma boa ideia, mas ainda funciona muitíssimo bem.

21 – EO

Com uma fotografia notável, EO tem uma premissa genial: observar as idiossincrasias humanas através dos olhos de um querido burrinho. Assim, o diretor tenta fazer um retrato da Europa contemporânea e se dá bem na maior parte do tempo. Alguns momentos funcionam melhor que outros, mas é um ótimo filme.

22 – Living

O público perdeu a sensibilidade e a paciência para acompanhar um obra tão sensível e sutil. A atuação de Bill Nighy é modulada, sem grandes exageros, e é preciso atenção para perceber a grande performance que ele entrega neste filme visual e narrativamente belo.

23 – Turning Red

A Pixar mais uma vez marca presença no Oscar, mas desta vez é possível que saia de mãos vazias. Apesar da qualidade inquestionável e da diversão garantida, é muito básico se comparado às complexidades de Pinóquio, Marcel e Gato, por exemplo.

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24 – Bardo

Alejandro G. Iñárritu já havia flertado com Tarkovski em alguns momentos de O Regresso. Na ocasião os resultados foram irretocáveis. Em Bardo o cineasta mexicano abraça de vez as inspirações, mas não atinge todas as notas necessárias. Muitas vezes soa confuso e se a narrativa fosse regular como os visuais, teríamos um grande filme.

25 – Causeway

Jennifer Lawrence e Brian Tyree Henry brilham em Causeway, um filme simples que, sem suas atuações centrais, seria ainda mais esquecido do que já é. As mensagens são boas e a história interessante, mas o longa faz muito pouco para se destacar.

26 – Empire of Light

Depois de ser um dos líderes do Oscar 2019 com 1917, Sam Mendes retorna à premiação de forma muito mais tímida. Empire of Light tem boas atuações e fotografia deslumbrante, mas tem alguns discursos vazios e equivocados. Antiquado seria a palavra que o resume.

27 – The Quiet Girl

The Quiet Girl é sensível, mas problemas de ritmo afastam a audiência que, do contrário, teria grandes possibilidades de conexão. A impressão que fica, então, é que o filme poderia se sair bem melhor se fosse um curta-metragem.

28 – RRR

Um dos grandes acertos do Oscar 2023 foi não ter comprado o hype em torno de RRR. Apesar de divertido, o longa é inchado e não traz nada de novo se comparado a outros produtos do país.

29 – Mrs. Harris Goes to Paris

Como uma versão para a terceira idade de Emily em Paris, Mrs. Harris goes to Paris é um feel good movie que cumpre seu papel. Os figurinos são realmente exuberantes e Leslie Manville está ótima. “Sessão da Tarde” competente.

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Blonde: o pior filme do Oscar

30 – To Leslie

No início dos anos 2000, To Leslie talvez fizesse um sucesso considerável no Oscar. Hoje em dia, entretanto, parece apenas uma repetição de inúmeras dramas independentes lançados nas últimas duas décadas.

31 – A Fera do Mar

Bonitinho, mas ordinário, A Fera do Mar cansa em determinado momento. E o problemas é que o filme jamais consegue recuperar o brilho.

32 – Pantera Negra: Wakanda Para Sempre

Um dos piores filmes da Marvel conseguiu a façanha de conseguir algumas indicações ao Oscar 2023, mesmo sendo um embaraço visual e um fiasco narrativo. Com fotografia horrendamente escura e uma protagonista sem carisma, Wakanda Para Sempre é, enfim, uma vergonha.

33 – Blonde – o pior filme do Oscar 2023

Desrespeitoso com Marylin Monroe, Ana de Armas e o próprio público, Blonde é uma tortura interminável para qualquer pessoa envolvida. Equivocado em todos os aspectos (narrativos e visuais), o longa não é salvo nem pela boa atuação de Ana de Armas. Um filme tão ruim nem poderia ser permitido em categorias importantes.

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.