Criador de 1899 detona brasileira após acusação de plágio

A Netflix lançou recentemente 1899, uma série de Baran bo Odar e Jantje Friese, a dupla que também criou Dark.

A série segue um grupo de imigrantes europeus a caminho de Nova York quando incidentes misteriosos começam a atormentar o navio, o Kerberos. Porém, quando eles se deparam com um navio desaparecido, as coisas vão de mal a pior.

No início deste mês, no entanto, uma artista de quadrinhos brasileira chamada Mary Cagnin afirmou que Friese e Odar roubaram uma dela ideia para 1899. E essa ideia teria vindo de sua série de quadrinhos Black Silence.

Então, depois de muitos burburinhos, Friese finalmente falou sobre essa acusação. E criticou as alegações de Cagni.

A quadrinista Mary Cagnin afirma que 1899 da Netflix é “idêntico” à sua série Black Silence

Em 19 de novembro de 2022, Cagnin foi até o Twitter e alegou que 1899 da Netflix “copiou sua história original”. A artista de quadrinhos disse que a série de televisão replicou pontos específicos da trama de Black Silence, como as pupilas em forma de triângulo em alguns dos personagens e códigos usados ​​para transmitir mensagens sinistras a alguns a bordo do navio.

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No Twitter, dessa forma, Cagnin diz: “ESTOU EM CHOQUE. O dia que descobri que a série de 1899 é simplesmente IDÊNTICA ao meu quadrinho Black Silence, publicado em 2016.”

Ela continua em um tópico: “Está tudo lá: A Pirâmide Negra. As mortes dentro do navio. A tripulação multinacional. As coisas aparentemente estranhas e inexplicáveis. Os símbolos nos olhos e, quando aparecem, os códigos escritos. As vozes chamando por eles. Detalhes sutis da trama, como os dramas pessoais dos personagens, incluindo suas mortes misteriosas.”

Cagnin acredita que sua aparição em uma feira internacional de livros preparou o terreno para Bodar e Friese roubarem sua história. Mesmo que Black Silence seja um conto e 1899 da Netflix espere ter três temporadas, Cagnin diz que “a essência do que ela criou” está lá.

Jantje Friese detonou as alegações de Mary Cagnin sobre Black Silence e 1899

Não demorou muito para Friese, um dos criadores de 1899 da Netflix, responder às alegações de Cagnin.

Em uma postagem do Instagram, que ele já excluiu, Friese escreveu: “Uma artista brasileira alegou que roubamos de sua graphic novel. Para deixar claro: nós não fizemos isso! Até ontem nem sabíamos da existência dessa graphic novel. Ao longo de dois anos, colocamos dor, suor e exaustão na criação de 1899. Esta é uma ideia original e não baseada em qualquer material de origem.

No entanto, fomos bombardeados com mensagens – algumas delas feias e dolorosas. Alguém faz teatro, fala mentira e todo mundo acredita, nem mesmo verificando se as afirmações fazem algum sentido. Claro que isso deveria ser um esquema para vender mais de suas HQs: foi uma boa jogada.”

As denúncias dividiram os fãs no Twitter

Os fãs de 1899, entretanto, foram rápidos em defender a série, enquanto outros ficaram do lado de Cagnin. Muitos acreditavam que não havia semelhanças suficientes para dizer que Bodar e Friese copiaram a ideia completamente.

Uma pessoa escreveu no Twitter: “Devo dizer que, depois de ler quadrinho, vi que não é semelhante o suficiente a 1899 para que isso conte como plágio na minha opinião”.

Da mesma forma, outro usuário disse: “Desculpe, mas isso é absolutamente ridículo, eu li os quadrinhos e não há nada semelhança com a 1899, exceto: 1) uma grande pirâmide (o que é bastante comum em séries de ficção científica) 2) triângulos nos olhos (o que é apenas realmente nos cartazes de marketing de 1899 e não é importante)”

No entanto, muitos acabaram por defender Cagnin em suas reivindicações.

“Esta nova série #1899Netflix parece usar intencionalmente a história, bem como os visuais da história em quadrinhos de Mary chamada Black Silence sem sua autorização”, escreveu um fã.

De qualquer forma, a Netflix ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.

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