Chicago Fire | 13ª temporada Episódio 1 traz nova era

Review com spoilers do episódio 13x01 de Chicago Fire. O que aconteceu com a chegada do novo Chefe? Eis os detalhes e comentários.

Chicago Fire 13x01 episodio
Imagem: Divulgação.

A estreia da 13ª temporada de Chicago Fire não poupa os espectadores de mudanças impactantes, começando com a introdução de um novo chefe, Dom Pascal.

O episódio “A Monster in the Field” (Um Monstro no Campo) gira em torno dessa nova presença, que abala as estruturas do Batalhão 51. Pascal, interpretado por Dermot Mulroney, imediatamente deixa uma forte impressão — mas não necessariamente positiva, o que parece ser o objetivo.

A Chegada de Dom Pascal: Um Novo Chefe, Novos Desafios em Chicago Fire

Pascal é rapidamente caracterizado como o “monstro” do título, com o Batalhão 51 fofocando sobre seu estilo de liderança autoritário e provocador. A intenção clara do episódio é mostrar Pascal como um antagonista em potencial, alguém que está aqui para desafiar a equipe, especialmente no vácuo deixado por Wallace Boden, personagem de Eamonn Walker, cuja saída mexeu com a dinâmica do grupo.

No entanto, o roteiro de Andrea Newman para Chicago Fire mantém Pascal enigmático, não revelando muito sobre sua personalidade ou passado, deixando os espectadores em suspense sobre se ele se redimirá ou continuará a ser um obstáculo.

Em suas interações com personagens como Kelly Severide, Pascal mostra sua disposição para criar atrito, como quando destaca uma regra no manual que poderia separar Severide e sua esposa, Stella Kidd, de trabalharem juntos. A cena é frustrante, pois sugere um conflito desnecessário, dado que o relacionamento deles já é conhecido e aceito pela equipe.

Stella Kidd: A Voz do Público

Chicago Fire 13x01 episodio
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Stella Kidd (Miranda Rae Mayo) é o coração emocional deste episódio, funcionando como um avatar para os sentimentos do público. Com a saída de Boden, Stella expressa a tristeza e o choque que muitos fãs sentiram ao ver uma figura tão icônica deixar a série.

A forma como o episódio de Chicago Fire usa Stella para verbalizar essas emoções é um dos seus pontos altos. Sua vulnerabilidade e dificuldade em aceitar Pascal como substituto de Boden criam uma ponte emocional entre os personagens e os espectadores, que ainda estão processando a ausência de Boden.

A atuação de Miranda Rae Mayo é sutil, mas poderosa. A dor de Stella ao perceber que Pascal é tudo o que Boden não era – um líder distante e que não vê o potencial de sua equipe da mesma maneira – é palpável. Ela, assim como os fãs, ainda não está pronta para seguir em frente, e esse conflito interno é fundamental para a transição entre as eras de Boden e Pascal.

Violet e Carver: Um Novo Drama Pessoal

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Enquanto o foco do episódio de Chicago Fire está na chegada de Pascal, a vida pessoal dos outros personagens continua a se desenvolver. Violet Mikami (Hanako Greensmith) recebe notícias devastadoras com o retorno de Sam Carver (Jake Lockett) após sua viagem ao Texas. A dinâmica entre os dois fica ainda mais complicada, e o episódio explora os sentimentos de Violet de forma crua, destacando seu arrependimento por ter afastado Carver, enquanto ainda lida com a dor da perda de seu antigo namorado, Hawkins. O episódio faz um bom trabalho ao evitar forçar Violet em um novo romance imediatamente, respeitando seu processo de luto.

No entanto, o subplot de Carver com uma mulher misteriosa parece forçado e repetitivo, lembrando quando Severide foi a Las Vegas e voltou casado em uma trama igualmente estranha. A série poderia ter explorado a complexidade de Carver e Violet sem recorrer a esse tipo de reviravolta clichê, que acaba desviando a atenção do verdadeiro drama emocional que já estava presente.

Herrmann e Mouch: O Elo com o Passado

Um dos momentos mais tocantes do episódio é o diálogo entre Herrmann (David Eigenberg) e Mouch (Christian Stolte). A conversa entre os dois veteranos da série traz à tona questões sobre confiança e merecimento, quando Mouch questiona se Herrmann acredita realmente que merece uma promoção. Esse tipo de cena, que destaca a lealdade e o apoio entre os personagens mais antigos, lembra os fãs de que, apesar das mudanças no Batalhão 51, ainda existem laços profundos e duradouros.

Mouch, com seu humor característico e apoio leal, traz um toque emocional importante para o episódio, reforçando a ideia de que o time, mesmo com novas lideranças, ainda é uma família. Esses momentos entre personagens de longa data ajudam a equilibrar a introdução do novo chefe e as tensões que ele traz.

Um Começo Promissor com Questões Pendentes

“A Monster in the Field” lança uma série de tramas e apresenta novos desafios para o Batalhão 51, mas nem todos são igualmente promissores. A revelação de que Jack Damon é meio-irmão de Severide, que começou no final da 12ª temporada, ainda parece estranha e pouco explorada. A aceitação quase automática dessa nova relação por todos os membros da equipe soa forçada, e o comportamento de Damon, incluindo um momento embaraçoso em que ele tenta flertar com Lizzie Novak, não adiciona muito valor à trama.

Por outro lado, o desenvolvimento de personagens como Violet e Lizzie Novak, interpretada por Jocelyn Hudon, é um ponto positivo. Lizzie, que começou como uma personagem com uma persona de “festa”, agora mostra mais compromisso com seu trabalho, e a interação entre ela e Violet ajuda a construir uma narrativa envolvente para a temporada.

A Nova Era do Batalhão 51 em Chicago Fire

A estreia da 13ª temporada de Chicago Fire não decepciona em termos de introdução de novos conflitos e personagens. A chegada de Pascal traz uma mudança que claramente será explorada ao longo da temporada. E, igualmente, sua presença cria tensão necessária para sacudir o Batalhão 51. No entanto, a transição não será fácil nem rápida, tanto para os personagens quanto para os fãs, que ainda sentem a falta de Boden.

Embora nem todas as tramas estejam no ponto, o episódio oferece uma base sólida para a temporada. Ou seja, com muito a ser explorado, tanto no lado pessoal quanto no profissional. Chicago Fire continua a entregar drama de qualidade, com personagens que amamos e novos rostos que, por enquanto, ainda precisam conquistar seu espaço.

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Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.

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