Blockbuster: série da Netflix é insulto aos fãs de Brooklyn 99

Série que tem roteirista e atriz de Brooklyn 99, Blockbuster estreou na Netflix com promessa de suprir a comédia, mas não conseguiu.

Blockbuster Brooklyn 99

Quando a Netflix viu na marca de Blockbuster um potencial para explorar, ela não imaginou que poderia ter um tesouro nas mãos.

Com um documentário, pouco popular no Brasil por sinal, o streaming viu o tema se tornar figura no Top 10 por um bom tempo, tratando de um tema irônico. O quão o streaming destruiu o mercado de mídia física. Essa é mais ou menos a proposta da série Blockbuster, que foi vendida ao público como “a nova Brooklyn 99“. O único problema é que esta fala chega a ser um insulto.

Blockbuster chegou de mansinho na semana passada, mas nem de longe fez barulho de um hit na Netflix. No Brasil, por exemplo, sequer alcançou o Top 10 – dominado por Manifest, neste momento. Então, compará-la a Brooklyn 99 requer cuidado e respeito aos antigos fãs. Blockbuster se esforça, mas não passa de uma série esquecível.

Blockbuster não alcança a astúcia de Brooklyn 99

Brooklyn 99
Imagem: Divulgação.

Blockbuster tem mais ou menos a pegada de Brooklyn 99 em alguns pontos. Afinal, tem roteiristas em comum – e até atrizes em comum. É uma comédia de ambiente de trabalho, tem condução e direção como se fosse documentário e tenta repetidamente introduzir piadas rápidas com o tema proposto.

Mas as comparações param por aí. Seja por abordar o fim das vídeo-locadoras, ou por nem de perto alcançar o poder cômico da série policiais.

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Em Blockbuster, Randall Park interpreta o gerente da loja da série, e sua performance cômica sincera fornece uma âncora para a maluquice que se segue ao seu redor envolvendo seus funcionários. Ele trabalha ao lado de Eliza (Melissa Fumero), que está tentando sair do negócio enquanto está presa em um casamento ruim.

Hannah (Madeleine Arthur), que não entende referências de filmes; Carlos, um estudante de cinema que ajuda a fazer um vídeo viral que coloca a Blockbuster de Timmy aos olhos do público e a mantém aberta após um acidente bizarro envolvendo fogos de artifício; e Connie (Olga Merediz), a mais excêntrica e cômica do grupo.

E ainda há Kayla (Kamaia Fairburn), que mal pode esperar para sair do trabalho, mas é pressionada a manter seu emprego por seu pai Percy (J.B. Smoove), dono do shopping. Este que, dependendo do dia, pode ser o maior amigo ou inimigo de Timmy.

Blockbuster tenta ser engraçada, mas não é

Imagem: Divulgação.

A série testa seu senso, fazendo você refletir se os personagens falando sobre filmes tão abertamente são engraçados. Só que isso se torna algo cansativo, a cada novo episódio. E então, de vez em quando, a série agrupa referências de uma maneira que pode ser melhor chamada de impressionante, como quando uma única frase menciona “Escape Room 2” e “O Curioso Caso de Benjamin Button”.

No fim, Blockbuster é uma daquelas comédias que existem para matar o seu tempo. E é isso. Sua única qualidade, no entanto, é o fato de que se passa em uma vídeo-locadora, algo que pode ser nostálgico para muitos espectadores, ou ainda assim, criar uma distância ainda maior para a geração que nunca vivenciou isso.

Aliás, houve um momento em que eu simplesmente deixei a série tocando e fui limpar a casa. Ou seja: é um tipo de série que não prende e que acaba ficando na TV ali, de forma irrelevante. Esquecível.

Qualquer que seja o propósito que Blockbuster encontre com os espectadores, certamente é uma comédia que fornece a ideia autoral de entretenimento da Netflix: leve, aceitável e assistível na prateleira de cima, até que algo mais leve e aceitável apareça para roubar atenção. Mas ainda, nem de longe lembra o auge que foi Brooklyn 99.

Nota: 1/5

Sobre o autor
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Anderson Narciso

Editor-chefe

Criador do Mix de Séries, atua hoje como redator e editor chefe do portal que está no ar desde 2014. Autor na internet desde 2011, passou pelos portais Tele Séries e Box de Séries, antes de criar o Mix. Formado em História pela UFJF e Mestre em História da Saúde pela Fiocruz/RJ, Anderson Narciso se aventurou no mundo da criação de conteúdo para Internet há 15 anos, onde passou a estudar sobre Google, SEO e outras técnicas de produção para web. É também certificado em Gestão Completa de Redes Sociais pela E-Dialog Comunicação Digital, além de estudar a prática de Growth Hack desde 2018, em que é certificado. Com o crescimento do site, e sua parceria com o portal UOL, passou a atuar na cobertura jornalística, realizando entrevistas nacionais e internacionais, cobertura de eventos para as redes sociais do Mix de Séries, entre outros. Atua como repórter no Rio de Janeiro e São Paulo, e pelo Mix já cobriu eventos como CCXP, Rock in Rio, além de ser convidados para coberturas e entrevistas presenciais nos Estúdios Globo, Netflix, Prime Vídeo, entre outros. No Mix de Séries, com experiência de dez anos, se especializou no nicho de séries e filmes. Hoje, como editor chefe, é o responsável por eleger as pautas diárias do portal, escolhendo os temas mais relevantes que ganham destaque tanto nas notícias quanto nas matérias especiais e críticas. Também atua como mediador entre a equipe, que está espalhada por todo o Brasil. Atuante no portal Mix de Séries diariamente, também atende trabalhos solicitados envolvendo crescimento de redes sociais, produção de textos para internet e web writing voltado para todos os nichos.

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