A verdade sobre Justiceiras, da Netflix: filme tem história real?

Justiceiras é o filme mais assistido da Netflix no momento. Por isso, muitos se perguntam se a história é real ou baseada em um livro.

Justiceiras

Justiceiras (Do Revange), da Netflix, segue a história de duas garotas, Drea e Eleanor, que inventam uma ótima maneira de se vingar das pessoas que arruinaram suas vidas. Elas fazem um pacto para ajudar uma a outra a arruinar a vida de seus inimigos. Enquanto Drea vai atrás da garota que fez da vida de Eleanor um inferno, Eleanor se infiltra no grupo de amigos anterior de Drea para sujar seu ex-namorado. 

No começo, tudo parece muito mais simples, pois as meninas formam um vínculo forte. Logo, no entanto, as coisas se tornam muito mais complicadas e tanto Drea quanto Eleanor começam a reconsiderar sua posição como os mocinhos desta história. Dirigido por Jennifer Kaytin Robinson, Justiceiras oferece um passeio divertido, cheio de muitas reviravoltas, que mantém o público no limite.

Justiceiras é baseado em eventos reais?

Não, Justiceiras não é baseado em uma história real, nem em um romance. É, entretanto, baseado em um roteiro original escrito por Jennifer Kaytin Robinson, que é conhecida por dirigir outro filme da Netflix, Someone Great.

Depois de fazer um filme sobre relacionamentos modernos, Robinson queria que seu próximo filme fosse uma releitura de outro gênero. Ela pensou em fazer um filme do ensino médio, mas não queria que fosse apenas mais uma história comum. Ela discutiu longamente com o produtor, Peter Cron, e eles decidiram “pegar as apostas divertidas e emocionantes de um filme de Hitchcock e colocá-lo no ensino médio”.

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A premissa básica de Justiceiras tem semelhanças com Pacto Sinistro, mas há vários outros filmes que influenciaram Robinson. Há uma impressão clara de filmes adolescentes dos anos 90, como As Patricinhas de Beverly Hills, Atração Mortal, 10 Coisas Que Eu Odeio Em Você, Um Crime Entre Amigas e uma pitada do clássico Meninas Malvadas. 

O mais notável de tudo é o impacto de Segundas Intenções. Enquanto escrevia o filme, Robinson queria escalar Sarah Michelle Geller para o papel de diretora da escola. Quando Geller concordou em ler o roteiro, a roteirista-diretora reescreveu os diálogos de sua personagem para mantê-los no mesmo tom de Kathryn Merteuil, personagem de Geller em Segundas Intenções, homenageando o filme e a atriz.

Filme tenta falar sobre amadurecimento e todos os pontos bons e ruins do processo

Enquanto Justiceiras funciona mais como um thriller de vingança, Robinson queria usá-lo como uma oportunidade para discutir as questões da cultura do cancelamento, masculinidade tóxica e a ideia fraturada do que é considerado bom e ruim. “Acho que há pontos diferentes em que todos são os vilões e todos são os heróis nesta história. E isso é muito do que é crescer. Eu queria fazer algo que pintasse com todas as cores da adolescência”, disse ela. 

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Há o comentário sobre, não necessariamente a cultura do cancelamento, mas responsabilidade ‘versus’ a maneira como derrubamos as pessoas sem a informação certa, e a maneira como elevamos as pessoas sem a informação certa. E então, por outro lado, também é [sobre] a maneira como lidamos com o trauma. Então, focando no que acontece, como acontece, por que acontece e então como lidamos com isso.

As escalas de bom e ruim continuam se movendo ao longo do filme, o que dá ao público muito o que pensar. Mas, apesar de todos os seus temas, Robinson diz que esta “não é uma grande declaração política”. “Não estamos tentando resolver a paz mundial. É apenas um filme muito divertido que parece legal e tem um monte de atores realmente excelentes que são simplesmente lindos”, disse ela. No final das contas, ela quer, mais do que tudo, que o público se divirta enquanto assiste.

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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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