Crítica: FUBAR é uma das piores séries que a Netflix já fez

FUBAR é uma das piores coisas que a Netflix já produziu. E estamos falando de uma plataforma que lança bombas semanalmente.

FUBAR

Stallone sempre foi melhor que Schwarzenegger. O que isso tem a ver com FUBAR, nova bomba da Netflix? A questão é que os nomes de Sylvester e Arnold para sempre aparecerão juntos nos livros de história do Cinema. Tendo surgido e atingido o estrelato quase ao mesmo tempo, os atores disputaram o topo do sucesso por anos.

Em uma entrevista, por exemplo, Stallone afirmou que ambos se odiavam. O criador de Rocky, aliás, afirma que o Exterminador sempre buscou fazer filmes semelhantes aos dele, apenas para superá-lo em bilheteria.

Parece que essa infantil disputa permanece até hoje. Isso porque Arnold Schwarzenegger lança FUBAR poucos meses depois de Tulsa King, série com Stallone que também mescla humor e ação para contar a história de um anti-herói envelhecido. Mais uma vez, contudo, o Rambo estraçalha o Comando, pois FUBAR é terrível.

Como ator, Schwarzenegger pode ser bom governador

Para começar, Schwarzenegger nunca foi bom ator. Há uma diferença abissal entre carisma e talento. Assim, apesar de ser fã de O Exterminador do Futuro e outros títulos, é preciso reconhecer que habilidades dramáticas jamais foram o forte para Arnold.

Pois se o drama passou longe do sujeito, o timing cômico sequer deu as caras. Schwarzenegger falha em absolutamente todas as tentativas de fazer rir. Tanto as piadas quanto as gags visuais caem por terra ao encontrar uma clara limitação no ator.

Leia também: O que significa FUBAR? A explicação por trás da série na Netflix

Isso acaba prejudicando a naturalidade de FUBAR, que claramente se escora na comédia antes de partir para a ação. E mesmo que a persona brucutu do ator pudesse render alguns risos, isso não é suficiente para manter o projeto de pé por muito tempo.

Primeiro porque o jeitão desajeitado já foi amplamente desenvolvido em outros filmes. Segundo porque tal característica não é usada com parcimônia. Afinal, toda a vez que Schwarzenegger abre a boca a vergonha alheia grita.

Nada se salva em festival de vergonha alheia

Mas, se a comédia não funciona e o ator não é bom, pelo menos a ação compensa, certo? Errado. Além de aparecer em doses homeopáticas, a ação é pálida, pouco imaginativa. Sem perder tempo em ser xenofóbica, a série logo estabelece os vilões e velhos preconceitos.

E até mesmo as tentativas de surpreender falham miseravelmente, como no momento em que descobrimos os reais objetivos da filha do protagonista.

Tudo é amarrado, claro, por um roteiro sofrível. Logo no início, em um espaço menor que dois minutos, dois diálogos ridiculamente expositivos jogam informações na cara do espectador. São falas tão óbvias e forçadas que é possível ver a alma dos atores se contorcendo enquanto proferem tais palavras.

É, no fim, uma série estúpida que comete erro maior e mais imperdoável: achar que o público é tão estúpido quanto.

Nota: fuja para as colinas/5

Sobre o autor
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Matheus Pereira

Coordenação editorial

Matheus Pereira é Jornalista e mora em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Depois de quase seguir carreira na Arquitetura, enveredou para o campo da Comunicação, pelo qual sempre nutriu grande paixão. Escritor assíduo na época dos blogs, Matheus desenvolveu seus textos e conhecimentos em Cinema e TV numa experiência que já soma quase 15 anos. Destes, quase dez são dedicados ao Mix de Séries. No Mix, onde é redator desde 2014, já escreveu inúmeras resenhas, notícias, criou e desenvolveu colunas e aperfeiçoou seus conhecimentos televisivos. Sempre versando pelo senso crítico e pela riqueza da informação, já cobriu eventos, acompanha premiações, as notícias mais quentes e joga luz em nomes e produções que muitas vezes estão fora dos grandes holofotes. Além disso, trabalha há mais de dez anos no campo da comunicação e marketing educacional, sendo assessor de imprensa e publicidade em grandes escolas e instituições de ensino. Assim, se divide entre dois pilares que representam a sua carreira: de um lado, a educação; de outro, as séries de TV e o Cinema.

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