7 mortes que mudaram a história das séries de TV
As mortes nas séries de TV: confira 7 delas que mudaram para sempre a história da TV e duas respectivas trajetórias.
A TV sempre encontrou nas mortes um recurso poderoso para impactar o público e movimentar as tramas. Mas algumas dessas despedidas foram tão intensas que deixaram marcas que ecoaram bem além dos roteiros. Mais do que simples reviravoltas, essas mortes mudaram o rumo das séries e redefiniram o jeito de contar histórias na televisão.
Glenn e Abraham – The Walking Dead
The Walking Dead sempre foi conhecida por suas perdas brutais, mas nada preparou os fãs para o momento em que Negan, o novo e sádico vilão interpretado por Jeffrey Dean Morgan, chegou para impor suas próprias regras. No início da sétima temporada, ele escolhe uma vítima entre o grupo, e o primeiro a cair foi Abraham. Mas, antes mesmo de assimilarem a perda, os fãs foram surpreendidos com uma reviravolta ainda mais dolorosa: Glenn também se torna alvo, e é morto da maneira mais cruel.
Glenn estava na série desde o começo, era quase da família para os fãs. Esse choque foi um divisor de águas para The Walking Dead — provando que ninguém estava a salvo e, ao mesmo tempo, fazendo muitos se perguntarem se queriam continuar assistindo. A morte de Glenn e Abraham foi um dos pontos de virada da série, tanto para a história quanto para o público, que nunca mais olhou para a trama da mesma forma.
Poussey Washington – Orange is the New Black
Orange is the New Black trouxe para as telas um olhar novo sobre o sistema prisional, focando em mulheres e suas histórias. Poussey Washington, interpretada por Samira Wiley, era uma das personagens mais queridas. Mas na quarta temporada, em uma cena extremamente real e brutal, Poussey é imobilizada por um guarda que pressiona seu joelho em seu pescoço.
Ela perde a vida em meio a um protesto no pátio, em uma cena que refletia dolorosamente as questões de violência policial e racismo que vemos no mundo real. Essa morte mexeu profundamente com os fãs e com o debate público. Orange is the New Black provou que a televisão podia ser um espelho de temas difíceis e, infelizmente, essa cena ganhou ainda mais peso após o trágico caso de George Floyd, que perdeu a vida de maneira similar.
Derek “McDreamy” Shepherd – Grey’s Anatomy
Derek Shepherd, o “McDreamy” de Grey’s Anatomy, era mais do que um personagem — ele era uma das âncoras emocionais da série ao lado de Meredith Grey. Interpretado por Patrick Dempsey, Derek conquistou os fãs desde o começo, e muitos achavam que ele estava seguro, que era intocável.
Mas na 11ª temporada, de forma inesperada e devastadora, ele sofre um acidente e não consegue sobreviver. Foi uma perda que deixou fãs de coração partido e abalou as bases da série, forçando Grey’s Anatomy a se reinventar sem seu casal icônico. Até hoje, Derek é lembrado como um dos personagens mais marcantes que a série já teve, e sua morte mostrou que, em Grey’s, ninguém está imune ao drama.
Fabian “Febby” Petrulio – The Sopranos
Em The Sopranos, Tony Soprano (James Gandolfini) é o tipo de personagem que só poderia existir na TV. Ele é brutal, complexo e ao mesmo tempo, surpreendentemente cativante. Quando ele mata Fabian “Febby” Petrulio, um ex-informante do governo, ele mostra pela primeira vez o lado mais cruel de seu mundo.
Essa cena foi importante porque revelou que, embora Tony fosse alguém por quem o público torcia, ele era um anti-herói e, por vezes, vilão. A morte de Febby abriu caminho para séries que exploram personagens moralmente ambíguos, como Breaking Bad e Mad Men, que seguiram os passos de The Sopranos ao trazer protagonistas que não eram exatamente “heróis” convencionais.
Laura Palmer – Twin Peaks
A morte de Laura Palmer (Sheryl Lee) é o ponto de partida de Twin Peaks, e desde o primeiro episódio, o mistério em torno de seu assassinato molda a narrativa. A série transformou a TV ao trazer uma história intrigante e sombria, cheia de simbolismos e reviravoltas, que ia muito além dos dramas e comédias que dominavam a época. Twin Peaks mostrou que a TV podia ser mais do que entretenimento raso — ela podia ser arte. A série abriu portas para que histórias complexas e intensas fossem contadas, mudando para sempre a forma como enxergamos séries.
Ned Stark – Game of Thrones
Quando Game of Thrones estreou, poucos esperavam o que estava por vir. Ned Stark (Sean Bean) era o herói clássico, um homem íntegro e justo. Mas na reta final da primeira temporada, quando ele é decapitado por ordens do cruel rei Joffrey, os fãs ficaram incrédulos.
Ned era o fio condutor da história, e sua morte mostrou que Game of Thrones não seguiria as regras tradicionais de narrativa. Era uma série onde ninguém estava seguro, e cada episódio poderia trazer uma nova perda devastadora. A morte de Ned foi um marco, e abriu o caminho para uma trama cheia de surpresas e de personagens dispostos a tudo pelo poder.
Essas mortes não foram apenas despedidas dolorosas — foram momentos que redefiniram a forma de fazer e consumir séries de TV, deixando um legado que ressoa até hoje na cultura pop.